Fim’, com Fábio Assunção, Marjorie Estiano e grande elenco, chega ao Globoplay
Lançado em 2013 e muito bem aclamado pelo público, “Fim” obteve um marco a estreia de Fernanda Torres na literatura. Um texto super elegante da atriz Fernanda Torres já era conhecido pelas crônicas dela. E para alegria dos fãs, na próxima quarta-feira, chega ao Globoplay a adaptação do livro para o streaming. Criada por Fernanda, com supervisão de adaptação de Maria Camargo, a produção tem direção artística de Andrucha Waddington (e direção de Daniela Thomas). Serão dez episódios e esta crítica se baseia nos primeiros dois. Aproveito para recomendar o romance juntamente com a série.
Uma croonologia entre 1968 e 2012. Vem de contando uma história que une fatos transcorridos em mais de uma fase, se generalizou nas séries a ponto de ter se tornado um jogo cansativo e previsível. Aqui, contudo, ele não é um truque. É que a passagem do tempo e a memória estão no centro de tudo. A dança entre o passado e o presente diz respeito ao próprio tema da narrativa.
O texto foca na turma na Praia de Copacabana, nos anos 1960. O grupo, então de jovens, desfia refrões machistas aos ouvidos de hoje. Ribeiro é um “papa anjo”. Ciro, um sedutor; Célia manteve o marido “no cabresto” e ele é fiel. “Fim” retrata uma geração e faz um painel da evolução de costumes. É triste e amarga, sobretudo quando os personagens estão mais velhos e as suas relações, já envenenadas por acontecimentos do passado. Antes de a inocência ser rompida, entretanto, testemunhamos suas alegrias, suas paixões e seus carnavais.
Todo enredo traz sequências incríveis. Merece a super recomendo.